RESUMO
Relata a situaçäo da mortalidade por tétano neonatal no Brasil (1979-1987), baseado na análise de registros de óbito. A distribuiçäo das causas de óbito no tempo e no espaço foi usada como um indicador da mortalidade neonatal proporcional por tétano. A subnotificaçäo permanece um importante problema, principalmente nas regiöes norte e nordeste do Brasil. Na maioria dos municípios, apenas um óbito foi notificado no período, chamando atençäo para a importância de se levar em consideraçäo a abordagem teórica de "evento sentinela" no controle desta enfermidade. Verificou-se reduçäo do indicador de mortalidade proporcional por tétano neonatal nos estados de Rondônia, Pará, Sergipe, Säo Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Näo foi possível detectar associaçäo entre cobertura vacinal com duas doses de toxóide tetânico e mortalidade proporcional por tétano neonatal. A diminuiçäo do número de partos domiciliares durante o período de estudo parece ter exercido influência importante na reduçäo das mortes neonatais atribuíveis a esta causa.